O museu não detém a propriedade de direitos autorais e não se responsabiliza por utilizações indevidas praticadas por terceiros. Saiba mais


[Reprodução de placa comemorativa da inauguração da Estátua Equestre de D. José I]
Rebello
MC.GRA.1369

Cronologia

Dimensões

Mais informação

A edificação da Estátua Equestre de D. José I, baseada no projeto de Eugénio dos Santos, foi determinada por aviso de 15 de julho de 1771. Para a realização da obra, foram designados Joaquim Machado de Castro (1731-1822), escultor responsável pela execução do modelo da estátua, e o Brigadeiro Bartolomeu da Costa (1731-1801), a quem foi atribuída a respetiva fundição em bronze.

 

Neste monumento foi utilizada pela primeira vez uma técnica de fundição que, até aí, apenas tinha sido aplicada a objetos de pequenas dimensões - a fundição de um só jato (15 de outubro de 1774). Os trabalhos de cinzelamento posteriores à fundição ficaram concluídos a 3 de maio de 1775. Depois de concluída a estátua, que tinha de peso 600 quintais (cerca de 35 000Kg), era necessário retirá-la da cova de fundição, transportá-la das oficinas da Fundição de Cima até à Praça do Comércio e, por fim, colocá-la sobre o pedestal. Assim, poder-se-á afirmar que o carácter inovador do empreendimento não se limitou à técnica da sua execução, tendo implicado também a adaptação de meios para o seu transporte e colocação no espaço a que se destinava.

 

É neste contexto que se insere a invenção de Bartolomeu da Costa, o “engenho” de suspensão que é representado nesta litografia, que reproduz as placas comemorativas da inauguração do monumento que circularam na época e das quais o Museu de Lisboa possuí dois exemplares no seu acervo. Idealizada, “no espaço de dois dias e uma noite”, esta máquina – que funcionava com base na força aplicada numa alavanca sem apoio fixo -, permitiu elevar a estátua na cova de fundição e, através de um movimento em ângulo reto, colocá-la sobre a zorra que a transportou até ao Terreiro do Paço. Aí, o mesmo processo foi utilizado para a deslocar da zorra e coloca-la sobre o pedestal.

 

O carácter inovador de toda a operação foi amplamente divulgado na época, associado à inauguração do monumento. O intuito de propagandear o original engenho de suspensão criado por Bartolomeu da Costa levou a que fosse retratado em inúmeros suportes de divulgação, nomeadamente em placas comemorativas da inauguração do monumento. Estas placas, moldadas em “biscuit”, são também elas decorrentes do empreendedorismo deste oficial do exército, pois a ele se deve a descoberta do caulino em Portugal, matéria com a qual eram produzidas.

A carregar...

Copyright 2022 © Museu de Lisboa Todos os direitos reservados
in web Acesso online à coleção Sistemas do Futuro