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O Marquês de Pombal examinando os planos da reconstrução de Lisboa
LUPI, Miguel Ângelo (1826-1883)
MC.PIN.0702

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Em 1881, decorrendo a campanha decorativa dos Paços do Concelho depois do incêndio de 1863, a Câmara Municipal de Lisboa encomendou ao pintor Miguel Ângelo Lupi uma pintura de aparato, que retratasse a intervenção do Marquês de Pombal (1699-1782) para a reconstrução da cidade, após o terramoto de 1755. O contrato data de 31 de maio de 1881, mas quase dois anos depois, a 26 de fevereiro de 1883, dia do falecimento do pintor, o quadro não estava terminado.

 

Foi a última obra de um dos maiores pintores portugueses do século XIX, e também aquela que revela a sua predileção por temas históricos, aliados a um gosto particular pelo retrato, género no qual Miguel Ângelo Lupi se destacou. Para melhor realizar o projeto, o pintor deslocou o seu atelier para uma dependência dos Paços do Concelho de Lisboa e pretendeu realizar vinte e quatro estudos preparatórios, dos quais apenas se conhecem cinco. Apesar de inacabado, o quadro foi colocado no Salão Nobre do edifício e ali permaneceu (embora em localizações distintas) até 2008.

 

A elegante, teatral e esclarecedora composição encontrada por Lupi reserva ao Marquês o lugar cimeiro de uma equipa altamente qualificada e preparada, tanto do ponto de vista técnico, como político. Dela fazia parte o engenheiro-mor do reino, Manuel da Maia (1677-1768), e Fernão Teles da Silva (1703-1759), 4.º Marquês de Alegrete e presidente do senado municipal lisboeta. Ambos se encontram de pé, à direita de Pombal. Do lado contrário, atentos às decisões de Sebastião José de Carvalho e Melo, posicionam-se Joaquim Inácio da Cruz Sobral (1725-1781), presidente da Junta de Comércio, e Pedro Henrique de Bragança (1718-1761), 1.º Duque de Lafões e representante da Casa Real neste grupo. Todas as figuras estão iluminadas lateralmente, adivinhando-se uma janela do lado esquerdo do gabinete onde a ação foi captada, mas a face do Marquês recolhe mais luz, bem mais que o discreto busto do rei D. José, colocado em fundo.

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