Peça formada por duas partes unidas nos ombros, com uma abertura para a cabeça. Frente em forma de pera, mais estreita que as costas, sendo ambas arredondadas na base. Decote em V, truncado na base. Tecido de veludo gofrado de seda roxa com pequeno motivo floral repetitivo. Galão de fio de seda amarela, ornamentado, no centro, com risca longitudinal de motivo espinhado. Este galão define os sebastos, formando um "T" ou cruz de tau na parte da frente e, nas costas, uma banda vertical. Outro galão, muito semelhante, está colocado em toda a orla da peça.

Veste primordial da cerimónia litúrgica, a casula é usada pelo celebrante (ou concelebrante) sobre os outros paramentos, numa alusão simbólica à caridade que cobre o pecado. É uma das peças de indumentária eclesiástica que mais variou ao longo do tempo, assumindo diversas formas e ornamentação. Deriva da paenula romana, manto de lã ou couro destinado a resguardar do mau tempo, que possuía uma abertura para a cabeça e caía até aos pés, à semelhança de uma pequena casa.

Proveniência: Igreja de Santo António de Lisboa