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Lisboa antes do terramoto de 1755
VIOLANTE, Ticiano (1913 - 1970) SEQUEIRA, Gustavo Adriano de Matos (1880-1962) BARATA, Jaime Martins (1899-1970)
MC.MAQ.0005

Cronologia

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Idealizada pelo historiador Gustavo de Matos Sequeira, a maqueta foi executada pelo ateliê do maquetista / decorador Ticiano Violante e contou ainda com embarcações realizadas pelo artista plástico Jaime Martins Barata. O contrato assinado pela Câmara Municipal de Lisboa com Matos Sequeira data de 1954 e previa a realização do centro histórico da cidade em 9 tabuleiros, trabalho a realizar a tempo de a maqueta integrar a Exposição Iconográfica e Bibliográfica Comemorativa da Reconstrução da Cidade depois do terramoto de 1755 (Palácio Galveias, 1955).

 

Em 1956, a Câmara Municipal de Lisboa celebrou novo contrato com Matos Sequeira para ampliar a obra até à Ribeira de Alcântara. A maqueta foi exposta na sua totalidade no início de 1959, na Sala Ogival do Castelo de São Jorge, e está integrada na exposição do Palácio Pimenta desde 1982.

 

Em anos recentes, o museu promoveu um estudo extensivo da maqueta e associou conteúdos digitais e robóticos, o que permite um diálogo mais interativo entre o público e a maqueta. O esforço de dotar esta obra de arte de mais e melhores explicações e interpretações (onde se incluem itinerários virtuais pela cidade antiga e propostas de reconstituição de edifícios emblemáticos) está a ser reforçado com novos conteúdos, assim reforçando o valor documental e interpretativo desta impressionante peça.

 

Composta por 17 tabuleiros, a maqueta pretende apresentar Lisboa nas vésperas do cataclismo de 1755. É uma cidade muito diferente da que podemos encontrar hoje. No século XVIII, Lisboa era uma entidade urbana ribeirinha, desde a Madredeus (a Oriente) a Belém (a Ocidente). Na maqueta, a expansão para ocidente nunca foi acabada, tendo terminado na zona de Alcântara. Para Norte, as chamadas Avenidas Novas, que representam a cidade comercial de hoje, estavam longe de ser sequer planeadas. No centro da cidade, voltado ao rio, o Terreiro do Paço era a principal praça, embora ocupasse apenas metade da praça simétrica e monumental definida no plano de reconstrução pós-1755. Entre o rio e o castelo, desenvolviam-se ruas labirínticas, pontuadas por torres e muralhas herdadas das linhas defensivas da cidade medieval.

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in web Acesso online à coleção Sistemas do Futuro