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Azulejo de aresta
ML.ARQ.0566

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Este fragmentado azulejo mudéjar foi encontrado nas escavações conduzidas pelo arqueólogo Clementino Amaro, em 1982, no âmbito das obras promovidas na Casa dos Bicos para albergar um núcleo da XVII Exposição Europeia de Arte, Ciência e Cultura. Trata-se de um exemplar do gosto erudito que percorreu parte da sociedade portuguesa durante os finais do século XV e primeira metade do século XVI, de fabrico sevilhano, cidade da Andaluzia onde se concentraram as principais oficinas produtoras deste tipo de loseta de aresta. O seu aparecimento na Casa dos Bicos não pode dissociar-se da obra de construção do edifício por Brás de Albuquerque, na década de 20 do século XVI, e do tipo de recheio e de decoração aplicada encomendada por este nobre.

 

O exemplar da Casa dos Bicos é relevante porque não se limita a apresentar um padrão geométrico, como tantas vezes ocorreu neste tipo de produção. Ele é composto por figurações vegetalistas, entrecruzadas com pequenas hastes verdes e azuis que conferem uma sensação de sobreposição de planos e, por esse meio, uma certa tridimensionalidade à superfície. Quando colocado na parede, seguindo um padrão de vários azulejos, o resultado final era o de um tecido luminoso organizado em frisos horizontais ou verticais, consoante a forma de aplicação do azulejo, que é ainda delimitado por barras azul e verde.

 

Da Casa dos Bicos procedem outros exemplares que, sendo contemporâneos e produzidos nas mesmas oficinas sevilhanas, veiculam outro tipo de padrão vegetalista, o que atesta a grande diversidade de revestimentos parietais azulejares encomendados por Brás de Albuquerque para a sua Casa dos Diamantes da Ribeira Velha de Lisboa.

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