O Passeio Público foi criado em 1764 segundo projeto do arquiteto Reinaldo Manuel dos Santos, com o objetivo de dotar a cidade de um espaço de convivência. Pouco utilizado até à década de 1830, pela sua proximidade em relação ao Palácio da Inquisição e ao Campo da Forca (Praça da Alegria de Baixo), acabou por se transformar no lugar preferido da burguesia em meados do século XIX, graças às intervenções da vereação liberal.

Sob projeto de Malaquias Ferreira Leal, os muros que limitavam o passeio foram substituídos por gradeamento e o jardim deixou de ter o aspeto barroco inicial para se tornar num jardim mais romântico, onde trabalhou Bonnard, o jardineiro privado do rei D. Fernando II. Iniciou-se, assim, a construção de estufas, pavilhões, fontes, estátuas e a cascata, que deveria rematar o espaço pelo lado norte, como contraposição ao grande lago que pontuava a entrada no recinto, no extremo sul.

Na sequência da abertura da Av. da Liberdade, cujo plano foi aprovado em 1873, o Passeio Público foi demolido em 1883.