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Estátua de Sileno
MTR.ESC.0001

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Esta estátua retrata Sileno, figura da mitologia greco-romana, tutor e companheiro do deus Dionísio/Baco. A posição reclinada, possivelmente segurando um odre na mão esquerda (o que é sugerido pela abertura que se vê na mão) denota o estado ébrio como era frequentemente representado.

 

É bem patente a busca de efeitos naturalistas, nos volumes e pregas da barriga, nos caracóis do cabelo, pelos da barba e zona púbica, onde o uso do trépano foi empregue.

 

Esta peça, bem como outra, similar, foi encontrada no Teatro Romano de Lisboa durante os trabalhos de reconstrução daquela área da cidade após o terramoto de 1755. A estátua agora em exposição no museu foi descoberta em 1798, tendo, a partir daí ficado no jardim dos Condes de Rio Maior (junto às Portas de Santo Antão). A outra estátua foi recolhida no agora Museu Nacional de Arqueologia onde ainda hoje se encontra.

 

Ambas as estátuas teriam, provavelmente, ocupado a parte superior dos nichos retangulares da estrutura do proscaenium. As faces laterais apresentam um talhe mais esquemático, particularidade que nos indica que as estátuas não se localizariam na base dos nichos, sítio onde apenas ficariam visíveis frontalmente, mas na sua parte superior. Estas duas estátuas encontram-se voltadas para o mesmo lado o que nos pode indicar a existência de outras análogas viradas em sentido inverso.

 

O melhor paralelo que, provavelmente, se pode apresentar para os Silenos do teatro de Olisipo é o do Teatro de Medellín, também da época de Augusto. Outros paralelos podem ser fornecidos, como acontece no Teatro de Baelo Claudia (Bolonia, Andaluzia) ou no teatro romano de Itálica (Sainti Ponce, Sevilha) ainda que neste aqui as esculturas representem ninfas e não silenos, mas igualmente no teatro de Dgemilla, em Arlles, em Caere, Triest ou em Mérida.

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