Anteriormente designada por Campo de Alvalade, esta zona rural, escolhida pela nobreza para a edificação de alguns palácios, foi mandada arborizar no reinado de D. Maria I (1734-1816). Ali se realizava, pelo menos desde 1778, uma importante feira anual, cuja importância aumentaria a partir de meados do século XIX. Tinha lugar em outubro, com uma duração inicialmente de quinze dias e, mais tarde, de cerca de dois meses. Realizava-se no lado oriental do Campo Grande, perto da igreja dos Santo Reis Magos e do chafariz.

Ali se vendiam objetos de ourivesaria e relojoaria, tecidos, louça, ferramentas, frutas e queijos, entre outros bens. Completavam a feira as habituais barracas de quinquilharias, marionetas, fantoches e até rudimentares salas de teatro.  

Um pouco mais acima, nos primeiros três dias e, seguidamente, em todos os domingos, tinha lugar o mercado do gado. Passada a época da feira, este repetia-se um domingo por mês. A afluência era grande, tanto por parte dos habitantes de Lisboa, como dos arrabaldes, no entanto, com o passar dos anos, a feira entrou em decadência, sendo transferida para o Campo Pequeno em 1902.