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Representação teatral
Desconhecido
MC.PIN.0234

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Esta pintura deve ilustrar um espetáculo teatral privado, pois retrata um ambiente noturno, iluminado por tochas, com plateia maioritariamente composta por nobres, ao contrário da obrigatoriedade de representação diurna nos chamados pátios de comédias.

 

O gosto pelo teatro difundiu-se rapidamente na cidade ao longo do século XVII, sobretudo as comédias com atrizes espanholas. A mais célebre casa de espetáculos foi o Pátio das Arcas, perto da praça do Rossio, cuja primeira menção data de 1594. Há também notícia de atividade do Pátio das Fangas da Farinha, fundado em 1619, ano em que o rei Filipe II entrou solenemente em Lisboa. No século XVIII, este tipo específico de teatro foi suplantado pela Ópera da Trindade e pela programação do Pátio do Bairro Alto.

 

No dia 21 de agosto de 1664, por ocasião do aniversário do rei D. Afonso VI, o nobre Luís Mendes de Elvas ofereceu um espetáculo teatral noturno, no seu palácio na Rua das Portas de Santo Antão, ao qual compareceu a maior parte da nobreza da Corte, e o mais luzido do povo, como noticiou uma publicação da época. Este espetáculo memorável foi apenas mais um, entre as muitas representações teatrais privadas que animaram Lisboa no século XVII. As encenações cénicas eram, por essa altura, tão numerosas e dispendiosas que uma postura municipal anterior a 1610 (ou já desse ano) determinou que os comediantes não pudessem cobrar mais de dois mil reis por cada espetáculo.

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