Em 1908, a primeira vereação republicana da Câmara Municipal de Lisboa encomendou ao escultor Simões de Almeida (sobrinho) um busto feminino que representasse a “República”. O modelo encontrado repetia a opção estética da República francesa: uma figura feminina jovem, expressiva e exuberante, com cabelo parcialmente coberto por barrete frígio.

Após a revolução de 1910, a câmara lisboeta abriu novo concurso público, tendo sido escolhida uma composição de Francisco dos Santos, hoje colocada no Salão Nobre dos Paços do Concelho. O segundo prémio foi atribuído a Simões de Almeida (sobrinho), com um modelo de uma jovem e expressiva República, em gesso patinado a imitar bronze, com barrete frígio, coroa de louros e a bandeira nacional a cobrir o tronco. Simões de Almeida (sobrinho) ficou também em segundo lugar no concurso que a Comissão Administrativa do Congresso (atual Assembleia da República) lançou, em outubro de 1915, para uma estátua da República, que substituísse a de D. Carlos no grande nicho do hemiciclo da sala de sessões.